O SOM DO SUL DO MUNDO

O SOM DO SUL DO MUNDO
Mutante Brasil e Indie Go Radio Argentina

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ride Into The Sound “Mixtapes & Noisemates #3″ (2012)

 
EXTRAÍDO DO ESSENCIAL BLOG DO AL SCHENKEL DE CRICIÚMA, SC
 
01. OM – State of Non-Return
02. SWANS – Lunacy
03. CRIPPLED BLACK PHOENIX – The Brain / Poznan
04. DISAPPEARS – Replicate
05. GRAHAM COXON – What’ll It Take
06. BEAK> – Yatton
07. THE TWILIGHT SAD – Dead City
08. FUTURE OF THE LEFT – Sheena Is A T-Shirt Salesman
09. EARTH – Sigil of Brass
10. UFOMAMMUT – Luxon
11. WHITE HILLS – Pads of Light
12. SECRET CHIEFS 3 – The Western Exile
 
 
Dando sequência as edições da Mixtapes & Noisemates do blog, a terceira edição fica ao encargo de Elson Barbosa, baixista da Herod Layne e patrono da netlabel paulista Sinewave.
 
Pra quem não faz a mínima ideia do que estou falando, basta dar uma descentralizada do seu mundinho e dar uma conferida em uma das bandas mais bacanas do ainda recente e emergente cenário post-rock brasileiro. A Herod Layne já vem trilhando desde 2006 pelo underground nacional e se prepara para o lançamento do seu segundo full lenght. Sendo seu mais recente trabalho o ótimo Absentia de 2010, que você pode baixar e ouvir gratuitamente aqui.
Já a Sinewave vem desde 2008 acumulando alguns dos lançamentos independentes brasileiros mais bacanas, focando na distribuição dos discos através de downloads gratuitos e apostando em gêneros experimentais como o shoegaze e o post-rock como diretriz de seu trabalho. Além de alguns festivais espalhados por diferentes capitais do país com bandas do casting e algumas outras convidadas.
Fique com a seleção de doze canções lançadas em 2012 escolhidas pelo Elson + texto, apresentando um pouco do seu gosto pessoal e mostrando que além de um grande motivador da cena independente e grande músico o cara também é um ótimo ouvinte e pesquisador musical de primeira.
A arte da capa fica novamente nas mãos do parceiro Neri Rosa.
 
Texto por Elson Barbosa
 
Tenho uma espécie de “Síndrome de Rob Fleming” cada vez que preciso fazer uma seleção de melhores do ano. Baixo tanta coisa, e tanta coisa legal, que passo horas decidindo qual faixa entrar, quais dezenas saírem, e algo tão importante quanto – a ordem. Deveria ser mais simples, mas para os neuróticos por listas como eu, não é.
Mas saiu. E é melhor eu me livrar logo dessa lista, antes que ela mude completamente – o que deve acontecer daqui a uns dez minutos. Nessa seleção, entrou mais ou menos o seguinte:
Começando pelo Om fazendo o disco do ano, o espetacular Advaitic Songs, e o Swans, fazendo o quase disco do ano – o colossal The Seer. Pensei em incluir a faixa-título, mas os seus 30 minutos de duração dificultam um pouco. Depois o Crippled Black Phoenix, com uma faixa do sensacional (Mankind) The Crafty Ape, lançado no começo do ano. “The Brain / Poznan” é a minha favorita – percebam como parece umas cinco músicas diferentes numa só.
Daí vem uma sequência com uma linha em comum, mais ou menos inspiradas no krautrock dos anos 70: Uma do Disappears, do álbum Pre Language, agora oficializando o Steve Shelley (Sonic Youth) na bateria; Uma do Graham Coxon (Blur), do A+E, quase um álbum de “krautpop” (separei o hit, “What’ll It Take”, mas outras do disco parecem uma cruza de Neu! com Kinks); E uma do BEAK>, projeto do Geoff Barrow (Portishead), tirada do álbum BEAK>> – “komische musik” diretamente do interior da Inglaterra.
Depois vem o The Twilight Sad, do álbum No One Can Ever Know, com o volume das guitarras um pouco mais baixos mas ainda assim brilhantes. E pra dar uma animada, o Future Of The Left, projeto dos caras que tocavam no McLusky, com uma barulheira do The Plot Against Common Sense pra treinar o air guitar pulando em cima do sofá. Aí vem uma sequência meio sombria – O “metal acústico” do Earth, tirada do Angels of Darkness, Demons of Light II; O sludge instrumental dos italianos do Ufomammut, do álbum ORO: Opus Alter; E a acidez psicodélica do White Hills, do álbum Frying On This Rock. Pra fechar, uma das momentos mais sublimes do ano: Os malucos do Secret Chiefs 3 incorporando Ennio Morricone no EP The Western Exile / La Chanson de Jacky – Western spaghetti em sua melhor forma.
Foi difícil fechar a lista, mas saiu. E se o Al Schenkel esperasse mais umas semanas pra me pedir a mixtape, eu teria que achar espaço pra encaixar o novo do Neurosis. Grande ano esse 2012.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário